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Rejeição ao governo Lula cresce na Câmara e atinge 46%, aponta pesquisa

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Uma nova pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), revela que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu o pior índice entre os deputados federais desde o início do terceiro mandato. Segundo o levantamento, 46% dos parlamentares classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”. Apenas 27% avaliam o governo de forma positiva, enquanto 24% consideram a atuação regular e 3% preferiram não opinar.

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 de maio e 30 de junho de 2025 e ouviu 203 deputados, número que representa cerca de 40% da Câmara. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais.

Em comparação com o ano anterior, houve uma piora na percepção parlamentar. Em maio de 2024, 32% dos deputados avaliavam o governo positivamente, número que caiu para os atuais 27%. Já o índice de avaliação negativa subiu de 42% para 46%. A relação do governo com o Congresso também se desgastou: 51% dos deputados afirmam que essa articulação é ruim ou péssima, frente a 43% no ano anterior.

Quando questionados sobre as chances de o governo aprovar sua agenda de projetos, 57% dos parlamentares responderam que a probabilidade é baixa, enquanto 36% veem uma chance razoável de sucesso. Apenas 6% acreditam que o Executivo terá facilidade para aprovar suas pautas.

A pesquisa também investigou as expectativas dos deputados em relação às eleições de 2026. Para 68% dos entrevistados, Lula será candidato à reeleição. Ainda assim, cresce a percepção de que a oposição deve voltar ao poder: 50% dos deputados acreditam que o próximo presidente sairá da oposição, número que era 43% em 2024.

Nesse cenário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como o principal nome da oposição para disputar a Presidência da República. Ele foi citado por 49% dos deputados como o favorito, um crescimento de 10 pontos em relação à pesquisa do ano anterior.

A piora na avaliação do governo dentro da Câmara acende um alerta para o Palácio do Planalto, especialmente no que diz respeito à articulação política e à viabilidade de aprovação de pautas estratégicas. O desgaste na relação com o Congresso e o fortalecimento da oposição indicam que Lula enfrentará um segundo semestre desafiador em 2025.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados.

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