A Bahia registrou a maior queda na produção industrial entre janeiro e fevereiro deste ano, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional do IBGE. A retração, de magnitude superior à média nacional de -0,1%, coloca o estado na liderança negativa entre os 15 locais analisados.
A comparação com fevereiro do ano anterior também revela um cenário desfavorável para a indústria baiana, com uma diminuição de 1,5%. Esse desempenho contrasta significativamente com o crescimento de 1,5% observado na média do Brasil no mesmo período.
A principal causa para esse declínio reside no desempenho negativo de setores cruciais para a economia estadual. A indústria extrativa e o segmento de celulose, papel e relacionados apresentaram quedas acentuadas de 20,8% e 19%, respectivamente, apenas no mês de fevereiro.
Apesar do resultado negativo no mês em questão, o setor industrial baiano ainda demonstra um crescimento acumulado de 1,6% no ano até fevereiro, superando levemente a média nacional (1,4%). Esse crescimento anual é impulsionado, em parte, pelo desempenho positivo de alguns segmentos específicos.
A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos se destacou com um expressivo aumento de 28,7% em fevereiro. O setor de derivados de petróleo e biocombustíveis também apresentou um crescimento relevante de 8,3% no mesmo período.
No entanto, especialistas ponderam que o crescimento pontual desses setores pode não ser suficiente para neutralizar o impacto negativo das perdas observadas em outros segmentos de maior peso na estrutura industrial da Bahia. A sustentabilidade do crescimento acumulado no decorrer do ano dependerá da recuperação dos setores em declínio e da manutenção do ritmo positivo nos segmentos que atualmente apresentam bom desempenho.
Foto: Bitenka