O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta sexta-feira (25), a transferência do ex-presidente Fernando Collor de Mello para uma ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL).
A transferência foi realizada por volta das 14h de hoje, em uma viatura da Polícia Federal. Por ser ex-presidente da república, Collor ficará em uma cela individual do estabelecimento prisional. Apesar disso, será mantido em regime fechado.
A decisão foi tomada após audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal de Alagoas, local onde Collor ficou detido antes da transferência. Durante a ocasião, o ex-presidente chegou a pedir para ficar preso em Maceió e não ser levado para Brasília.
Antes da audiência, a defesa de Collor pediu ao STF a autorização de prisão domiciliar para o ex-presidente, sob a justificativa de presença de “comorbidades graves”, como doença de Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar, além de idade avançada (75 anos).
Diante da solicitação, Alexandre de Moraes designou que a direção do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira comunicasse, no prazo de 24h, se tinha “total condições” para cuidar da saúde de Collor, e encaminhou o pedido de prisão domiciliar para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fernando Collor de Mello foi preso por volta das 4h da madrugada, em decorrência da condenação de 8 anos e 19 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo derivado da Lava Jato. Segundo a PGR, ele teria recebido R$26 milhões entre 2010 e 2014 como propina por ter intermediado contratos firmados pela BR Distribuidora, que na época era subsidiária da Petrobras. Collor teria usado sua influência na empresa para favorecer outras, e, em troca, recebia uma espécie de “comissão” sobre cada contrato firmado.
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