Em um evento inesperado no Aeroporto Internacional de Florianópolis, Baby do Brasil surpreendeu passageiros ao realizar um show no saguão durante o Tum Festival, no último sábado (15). A apresentação, que misturou rock e música clássica, trouxe à tona reflexões sobre fé, música e os limites entre arte e religião.
Com um repertório repleto de clássicos, a cantora, que também é pastora evangélica, adaptou as letras das suas músicas para refletir suas crenças religiosas. Em “Menino do Rio”, Baby modificou a letra original de Caetano Veloso, substituindo “dragão” por “Jesus forever”. Essa postura de personalização religiosa também apareceu em outras canções, como em “Brasil Pandeiro”, onde alterou o trecho sobre a padroeira “Para pedir à Penha” para “Pedir pra Jesus Cristo me abençoar”.
Baby defende a fusão da sua fé com a música, afirmando ter “autoridade para tomar tudo de volta” e alegando que “tudo é de Deus”. Em sua apresentação, ela falou abertamente sobre a importância de respeitar todas as crenças, dizendo não ter preconceito e promovendo uma mensagem de amor.
A atitude de Baby, que se autodenomina “popstora”, é similar à da cantora Claudia Leitte, que também enfrentou críticas por substituir elementos de religiões afro-brasileiras por referências cristãs. Baby, no entanto, não se intimida com as críticas e reafirma sua identidade religiosa e artística, buscando transformar a música em um veículo para propagar sua fé.
Ao final de sua performance, a artista refletiu sobre o impacto das discussões sobre religião, mencionando como temas como o arrebatamento e o apocalipse têm aumentado a busca por respostas espirituais no Brasil, alimentando uma demanda crescente por mensagens de fé.