A guerra entre Israel e Irã chegou ao seu quinto dia, com o lançamento de mísseis de ambas as nações e um total de pelo menos 240 mortos. Na madrugada desta terça-feira (17) Teerã voltou a ser atingida, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido que todos deixassem a capital iraniana.
Com o agravamento da situação, Trump decidiu encurtar sua participação na cúpula do G7, no Canadá, para retornar a Washington e atender à crise no Oriente Médio. Ele solicitou uma nova reunião de seu Conselho de Segurança Nacional para avaliar o conflito.
Ainda a bordo do Air Force One, o presidente fez uma declaração à imprensa, enfatizando que seu objetivo não é apenas mediar um cessar-fogo, mas ir além. Ele quer “algo melhor que um cessar-fogo”, nas suas palavras, “um fim real”, o que, na visão de Trump, exigiria a “rendição completa” do Irã e o fim de seu programa nuclear.
Ainda assim, ele admitiu que para atingir esses objetivos seriam necessárias negociações, um caminho que ele diz “não estar muito inclinado a trilhar neste momento.”
Em nova manifestação na Truth Social, depois de desembarcar em Washington, o presidente reforçou suas críticas ao Irã, acusando o país de ter rejeitado um pacto que ele propusera antes do início dos combates. Na mesma plataforma ele fez um pedido contundente: “Todos devem evacuar Teerã imediatamente!”.
De acordo com números compartilhados pelos autoridades dos dois países, o conflito já causou pelo menos 248 mortes, sendo 224 no Irã e 24 em Israel. Os feridos somam 1.200 no Irã e 154 em Israel, ainda segundo fontes governamentais.
A organização Human Rights Activists in Iran (HRANA), que faz o monitoramento das vítimas, apresenta números ainda mais alarmantes. Segundo a entidade, o conflito resultou na morte de 452 pessoas e no ferimento de outras 646 no Irã.
Ainda de acordo com a HRANA, 224 civis perderam a vida e 188 ficaram feridos. Entre os militares, houve 109 mortos e 123 feridos. Outros 119 óbitos e 335 feridos ainda não foram identificados, sendo classificados como “desconhecidos” pelo levantamento da organização.
Foto: Reuters.