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Gilberto Gil encara a morte em turnê de despedida: “É preciso respeitar o fim”

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Aos 82 anos, Gilberto Gil está provando que sabe encarar o fim com serenidade e sabedoria. Prestes a se despedir dos palcos com a turnê “Tempo Rei”, o cantor e compositor baiano falou abertamente sobre sua visão da morte e a importância de aceitar os ciclos da vida.

Em entrevista ao jornal O Globo, Gil revelou que, embora evite deixar o emocionalismo dominar suas apresentações, não nega a emoção que envolve este momento de despedida:
“Tem a ver com essa condição de admitir e adotar a finitude como um elemento integrante da vida. A morte faz parte da vida nesse sentido. É preciso respeitar o fim. Ter respeito pelo fim das coisas.”

O artista também refletiu sobre sua relação pessoal com a morte, marcada por perdas dolorosas, como a do filho Pedro e amigos durante a epidemia da AIDS. Ainda assim, confessou que o medo da morte persiste:
“Morrer é um ato ainda físico, corporal. Ainda é aqui, na vida, no sol, no ar. O verbo morrer ainda é um ato humano. O que vem depois, é o que Deus quiser.”

Além das reflexões existenciais, Gil dedicou um olhar carinhoso à filha Preta Gil, que enfrenta uma batalha contra o câncer. O show de estreia da turnê em Salvador foi dedicado a ela:
“Ela vive um momento que exige uma dedicação profunda à própria saúde e à vida. E criou uma solidariedade coletiva impressionante. Muita gente me procura para falar do desejo de vê-la bem. É bonito de ver.”

Em um gesto de maturidade e amor à vida, Gilberto Gil mostra que sua despedida não é marcada por tristeza, mas por respeito ao tempo, aos ciclos e à própria existência.

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